Header image alt text

Tourism Tidbits em Português

Setembro 2015

September 2015

Nas últimas décadas, as pessoas que têm melhorado de vida dizem que passaram a estar cada vez mais ocupadas. O estarem assoberbadas tinha uma tal força que muitas pessoas tinham vergonha de gozar férias e quando estas ocorriam não eram mais que fins-de-semana prolongados. Esta mentalidade de “trabalhar até cair” teve um forte impacto no Turismo, de muitas formas. Por exemplo, muitas mulheres atravessam uma batalha interior entre o seu desejo de ficarem em casa com os filhos e a vontade, ou a necessidade, de trabalhar. O Turismo facultou a muitas das mulheres que optaram por trabalhar uma oportunidade para entrarem na força de trabalho sem ser em funções subalternas, mas até em posições executivas. Os destinos reagiram a esta mentalidade de “trabalhar até cair” possibilitando experiências de viagem mais curtas e intensas, nasceu o pacote de fim-de-semana, enquanto os hotéis e os demais alojamentos compreenderam que os homens, e mulheres, de negócios desejavam serviços de Internet e de correio eletrônico gratuitos para estarem sempre em ligados, mesmo nas ausências. Estas mentalidades de trabalho incessante estão começando a mudar e com a mudança no sentido de fins-de-semana mais curtos e mais tempo livre passou a haver novas oportunidades para as atividades de lazer. Em seguida, enuncio algumas das mais recentes tendências na gestão do tempo de trabalho e mostro como os profissionais do Turismo podem aproveitar este crescimento do lazer.

  • Ofereça saídas e férias que efetivamente permitam às pessoas escapar da tensão do dia a dia. Os profissionais do Turismo precisam de ser criativos e encontrar vias de escape para as pessoas se libertarem dos seus constrangimentos diários, regressando à natureza, mas sem deixarem de estar contatáveis em caso de emergência. Embora muitos desejem o isolamento, uma população envelhecida implica que os filhos adultos precisem de continuar em contato com as suas famílias, mesmo enquanto procuram experiências de regresso à simplicidade da natureza.
  • Pense no rural, mesmo quando o destino for urbano. Também é possível criar experiências de descanso nos centros urbanos. Embora ninguém queira acampar nos parques das cidades, os hotéis urbanos podem oferecer spas ou exercícios relaxantes, assim como aulas concebidas para as pessoas se reencontrarem consigo mesmas.
  • A produtividade laboral deve ser ligada ao tempo de lazer. Nas últimas décadas, as férias têm sido vistas como períodos não produtivos. A atitude perante as viagens de lazer está mudando, com os administradores a perceberem que mais horas de trabalho e menos folgas não correspondem a níveis mais elevados de produtividade mas sim a maiores tensões nos locais de trabalho.
  • Faça exercícios mais divertidos e menos exigentes. Antigamente, havia a idéia segundo a qual nada valendo a pena se faria sem esforço, e até com dor. Com uma população envelhecendo e que procura combinar exercício com diversão, tal idéia perdeu sentido. Agora, os centros turísticos que conseguem propor exercícios interativos e divertidos estão em vantagem. Por exemplo, em vez de oferecer uma sala de exercícios em uma ala afastada do hotel, considere a possibilidade de ter um treinador, música interessante ou até um grupo de debate. Combinar exercícios para o corpo e a mente pode ser não só uma via para atrair mais clientes mas, se a interação interpessoal for boa, os novos funcionários fidelização os clientes, que voltaram ao hotel com regularidade.
  • Seja criativo e torne o tempo com a família mais importante do que nunca. As mais recentes tendências no Turismo mostram como as pessoas procuram combinar trabalho, lazer e tempo com a família. Daí resulta que as atrações turísticas precisam pensar em como integrar famílias inteiras. Afirmar que somos “familiares” não chega. O mesmo aplica-se às pequenas comunidades que se dizem “familiares”, mas que, na verdade, pouco oferecem às famílias em férias. Facilite a vida às famílias. Por exemplo, ofereça atividades de final da tarde, ou faculte locais onde ser alugadas espreguiçadeiras para os concertos ao ar livre. Uma das maiores dificuldades que encontram as famílias em viagem é a de encontrar locais para lavar e, sobretudo, secar a roupa. Recorde que as famílias precisam do conforto de casa, mas raramente o encontram.
  • Prepare-se para ter menos mulheres com filhos pequenos na força de trabalho ou para alterações demográficas nesta. Muitas mulheres, que o podem fazer, estão optando por ficar em casa cuidando dos filhos. Esta alteração demográfica tem relevância para o Turismo, de diversas maneiras. Entre estas, temos: (1) mães que procuram atividades a realizarem com os seus filhos, especialmente durante as férias de verão; (2) uma força de trabalho reduzida, pois os dirigentes no Turismo tendem a ser mulheres; (3) o desejo de muitas mulheres para trabalharem a tempo parcial, e já não integral; (4) a necessidade de ser creativo, permitindo às pessoas trabalharem desde casa.
  • Faculte espaços para passatempos às pessoas. O Turismo é mais do que praias, museus e montanhas. Embora estas atrações sejam muito importantes, existem muitas outras oportunidades turísticas a ter em consideração. Atualmente, quem viaja procura outras maneiras de realizar seus passatempos e ou atividades amadoras. Por exemplo, começa a se notar uma tendência nas pessoas idosas para voltarem a tocar os instrumentos musicais da juventude. O seu amor pela música pode conduzir não só a montar campos musicais para idosos, como também as orquestras escolares locais podem facultar experiências musicais envolvendo avós e netos. Faça uma lista dos clubes e organizações culturais e desportivas da sua comunidade e verifique se as mesmas poderão ser integradas no seu produto turístico local.
  • Ofereça alternativas de descanso. O Turismo é mais do que o fazer, é também o direito a não fazer, de se afastar de um mundo que não para e aprender a relaxar ou a diminuir o ritmo. Desenvolva novas maneira de a sua comunidade facultar alternativas de Descanso. Mas, tenha o cuidado de não as tornar experiências de tudo ou nada. Pelo contrário, disponibilize um conjunto de possibilidades para relaxar ou para permanecer ativo, para fazer e para não fazer.

Recent Articles and Books

Upcoming Conferences