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Tourism Tidbits em Português

Turismo, Transportes e Segurança – I Parte

June 2016

A ligação entre Turismo e Transportes é tão próxima que, frequentemente, as pessoas usam o termo “Viagens” enquanto sinónimo de Turismo. Efetivamente, em muitas línguas, Turismo é apenas outra maneira de referir as Viagens. Aliás, em Inglês, é evidente a relação entre “tour” e “tourism”. Os transportes permitem-nos viajar. Infelizmente, em tempos nos quais a elegância cedeu o lugar à conveniência prática, e o Terrorismo ficou psicologicamente ligado aos sistemas de transporte, as atividades turísticas não podem evitar as questões decorrentes dos Transportes. Com exceção das boleias / caronas, as empresas de transportes estão ligadas ao Turismo em quatro grandes áreas. As quais são a da segurança aérea, a da segurança marítima, incluindo a dos cruzeiros, a da segurança ferroviária e a da rodoviária, incluindo nesta última a dos transportes públicos e a dos veículos particulares. Além disto, temos os ativistas do movimento ecologista que pretendem limitar as viagens devido às modificações climáticas. Ninguém sabe quais serão os efeitos de uma limitação das viagens, especialmente das aéreas, no Turismo, mas podemos prever facilmente que tanto as deslocações internas de longo curso quanto as internacionais serão afetadas caso existam menos oportunidades de viajar. Em seguida, a “Tourism Tidbits” apresenta e avalia cada uma das quatro áreas quanto ao respetivo no Turismo, juntando algumas sugestões de melhoria.

Segurança Aérea

Voar passou de ser uma vertente integral e agradável do Turismo para se transformar em algo que temos que padecer. No mundo de hoje, o voar não se limitou a perder a sua elegância. Embora, quanto à sua relação com o custo de vida e os salários atuais, já não seja caro, ainda é percebido como tal. Demasiadas vezes, os sorrisos foram substituídos por esgares, e os assentos nos aviões passaram a ser exercícios de resistência. Não podemos pôr todas as culpas nas companhas aéreas, porque também elas estão dependentes de regulamentações governamentais, além de terem de implementar políticas públicas, que até prefeririam não aplicar. Apesar disto, o público, tal como nos restantes segmentos turísticos, tende a misturar as suas frustrações e atribui as responsabilidades às linhas aéreas. Estas frustrações resultam do modo de cobrança “à la carte” e à baixa do preço do combustível.      O resultado disso é a diferença entre o preço percebido e o preço real. A juntar a esta frustração, os passageiros têm de superar várias   dificuldades, tais como:

  • Terminais mal concebidos, dando dão lugar a longas filas;
  • Grandes distâncias entre as portas de embarque ou a dificuldades na deslocação de um terminal para outro;
  • Custos altos nos terminais para serviços básicos, associados a falta de qualidade;
  • Estacionamento caro;
  • Lentidão na entrega, ou até perda, das bagagens;
  • Múltiplos níveis de burocracia, que se atrapalham entre si;

Mas, também têm ocorrido vários melhoramentos, tais como:

  • Muitos terminais oferecem ligações gratuitas à Internet;
  • Passaram a haver parques infantis;
  • Existem agora lojas e restaurantes de alta qualidade;
  • Foram criados muitos clubes para executivos e áreas de trabalho.

Em fundo, continua vivo o trauma relativamente a ataques terroristas. Apesar dos transportes aéreos serem o meio de transporte mais seguro, o acentuar da atenção da Comunicação Social e o medo que algumas pessoas têm de voar causa níveis de ansiedade maiores que nos outros meios de transporte. Não podemos deixar de afirmar que, caso as atividades turísticas não lidem com os problemas, tanto reais quanto percebidos, do transporte aéreo, ficarão em sério risco.

  • A Segurança nos Transportes Aéreos tem sido mais reativa que proativa. Até há pouco, a maior parte das medidas de segurança tiveram por objetivo impedir a repetição de ataques. Logo, como alguém tinha uma bomba no sapato, milhões de pessoas passaram a ter de tirar os sapatos. Por outro lado, muito pouco foi feito para controlar aqueles que controlam os passageiros e as bagagens, não sendo também claro como são feitas as verificações de segurança dos trabalhadores que têm acesso aos aviões antes das partidas ou depois das chegadas.
  • A indústria aeronáutica também tem de lidar com as questões resultantes das “Alterações Climáticas”. Os grupos ligados ao Turismo Ecológico pedem às pessoas para voarem menos. Tais orientações não apenas poderão acabar com muitos destinos, por exemplo, as Caraíbas ou o Havaí estão em larga medida dependentes do transporte aéreo, como também tornarão as viagens de negócios bastante mais caras ou quase impossíveis.

Segurança Marítima

O Turismo Marítimo e Aquático cobre muitos segmentos. O termo inclui tudo, desde cruzeiros até ao iatismo, das férias na praia até a canoagem fluvial. Cada um destes segmentos tem os seus próprios desafios. Pelo que podemos distinguir o Turismo Marítimo do Turismo Aquático. Este ultimo consiste em tudo o que diz respeito a viagens e entretenimento relacionados com água. Já o Turismo Marítimo tem a ver com as viagens em si, implicando a presença de um transportador comercial, seja de um ferryboat ou de um navio de cruzeiro.

  • Turismo Marítimo, em especial no que toca aos cruzeiros, apresenta diversos desafios. Entre estes, temos os incêndios a bordo, as questões ligadas à Pirataria ou ao Terrorismo, os furtos e os assaltos, bem como as agressões sexuais, as pessoas que caem ou são empurradas borda foram, assim como os problemas de Saúde, tais como os resultantes do vírus Nordau. A juntar a tudo isto, as companhias de cruzeiros têm frequentemente de lidar com problemas dos seus passageiros quando estão em terra, assim como de embarque e controle de passaportes.

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